Oi pessoal! As vezes escolher as cores da decoração pode ser um pouco confuso, não é mesmo? Por isso, atendendo ao pedido de alguns de vocês lá no @apto_41, vou tentar abordar resumidamente o tema “Cores na Decoração”. Por ser um pouquinho complexo (afinal, é o que chamaríamos de “Teoria das Cores” em um curso de Design de Interiores, matéria com 1 semestre de duração) vamos ter que fazer da seguinte maneira: dividir o post em duas etapas. Na coluna de hoje vou falar sobre “Combinação de Cores” e mostrar um jeito superbacana de conseguir visualizar as misturas & ideias e na próxima quinzena falaremos sobre a “Psicologia das Cores” aplicada a decoração e também vou deixar para vocês o link de dois sites super legais para paletas de cores. Okay? Fiquem ligados!
O círculo cromático é um instrumento que ajuda e facilita na elaboração de projetos e é muito utilizado por designers, pintores, maquiadores, estilistas (o povo das artes em geral…) para compor combinações harmoniosas.
Como o próprio nome sugere, é uma paleta em forma de disco composta por cores primárias, secundárias e terciarias, contendo ao todo 12 cores diferentes e a escala de tons de cada uma delas. Através dessa ferramenta podemos visualizar diversos esquemas de cores: monocromáticos, análogos, complementares, complementares duplas, complementares divididas & tríades. No post de hoje vamos abordar os três primeiros que são os que eu mais uso em meus projetos e tenho mais propriedade para comentar aqui, certo?
Chamamos de acromático tudo aquilo que “não tem cor”. Trabalhamos com: preto, branco e (os queridinhos da vez) tons de cinza, que não são considerados “cores”. Esse tipo de cartela deixa o ambiente com uma pegada moderna e sofisticada. O legal da base neutra é que para dar uma cara nova ao espaço você pode jogar QUALQUER cor em alguns elementos da decoração, como por exemplo, almofadas que são super fáceis de trocar quando enjoamos.
Olha que bacana como a base acromática ganha um novo ar quando acrescentamos um pouco de cor.
O famoso & charmoso “tom-sobre-tom”. A combinação monocromática de cores é a técnica mais utilizada na hora de compor um ambiente. Usamos na decor apenas uma faixa do círculo cromático e os diversos tons que a cor escolhida pode atingir. É muito difícil errar a mão nesse tipo de proposta, mas é importante sempre procurar um certo equilíbrio na composição do espaço. Equilíbrio é vida, certo gente?
Combinações análogas usam de duas a três faixas “vizinhas” no círculo cromático, ou seja, cores próximas umas as outras e que tem alguma semelhança entre si em seus vários tons. Esse tipo de esquema me remete muito aquela moda fashion de um tempo atrás o “Color Blocking”. Esse tipo de decoração traz alegria aos ambientes e é super tendência, reparem que cada vez mais temos visto pelas redes sociais ambientes onde um mix de cores, estampas e texturas é permitido e revela resultados interessantíssimos.
A combinação de cores complementares – opostas no círculo cromático – traz contraste & ousadia a decoração. São misturas que antes de sabermos sobre a teoria das cores dificilmente passariam pela nossa cabeça, mas que dão (geralmente) super certo! O importante é saber dosar na utilização das cores. Essa técnica pode ser muito observada no mundo fashion!
E aí? Ideias brotando na cabeça? Conseguiram entender como usar o círculo para esses três esquemas e a diferença entre um ambiente acromático e um monocromático? Teste: Alguém se arrisca a classificar as duas primeiras imagens do post onde não digo que tipo de esquema de cores foi adotado na composição da decor?
Até a próxima,
Marcela Rossi
Fonte: Arqblog